Um bilionário australiano enfrenta um gigante da tecnologia em tribunal, à medida que um juiz dos EUA permite que a ação judicial prossiga.
Num desenvolvimento legal notável, o bilionário de 62 anos Andrew Forrest, uma figura proeminente no setor de mineração da Austrália, recebeu luz verde para prosseguir com a sua queixa judicial contra a Meta Platforms. A controvérsia gira em torno de anúncios enganosos que apresentam o nome de Forrest, alegando endossar empreendimentos de criptomoeda fraudulentos na plataforma de redes sociais Facebook. Os anúncios enganosos levaram a perdas financeiras substanciais para aqueles enganados pelos esquemas.
O Juiz Distrital dos EUA, Casey Pitts, em San Jose, Califórnia, permitiu que Forrest, a figura principal da Fortescue Metals Group e o segundo indivíduo mais rico da Austrália, argumentasse que a abordagem laissez-faire da Meta em relação à regulação de publicidade constitui uma violação das obrigações comerciais. A decisão põe fim à tentativa da Meta de demitir o processo e possivelmente estabelece um precedente em relação às responsabilidades das empresas de redes sociais.
Apesar da posição da Meta apontar para a Seção 230 da Lei Federal de Decência das Comunicações como um escudo protetor – argumento que normalmente isenta plataformas de responsabilidade pelo conteúdo gerado pelo usuário – o Juiz Pitts identificou a necessidade de examinar se as ferramentas de anúncios da Meta desempenharam um papel contributivo na criação do conteúdo enganoso.
Esta luta judicial ocorre após mais de mil anúncios fraudulentos com a imagem de Forrest terem circulado nos feeds do Facebook australianos entre abril e novembro de 2023. Como presidente executivo da sua empresa e listado pela Forbes com um patrimônio líquido familiar de cerca de US$16,5 bilhões, Forrest enfatiza a importância da decisão do tribunal, realçando a importância de responsabilizar empresas de redes sociais como o Facebook. Forrest está buscando tanto danos compensatórios como punitivos por meio da ação judicial.