Os empreendedores bem-sucedidos e figuras proeminentes no mercado de criptomoedas, Cameron e Tyler Winklevoss, receberam um reembolso significativo de suas doações de Bitcoin para a campanha presidencial de Donald Trump. Um relatório da Bloomberg destacou que a contribuição dos gêmeos excedeu o máximo permitido por lei.
Os magnatas da moeda digital tinham originalmente contribuído com US$ 1 milhão em Bitcoin para apoiar a campanha de Trump. No entanto, para cumprir as regulamentações federais, a campanha precisou devolver o valor excedente de US$ 155.400 para cada irmão, já que um indivíduo pode legalmente contribuir com no máximo US$ 844.600.
Descrito como um defensor “pró-Bitcoin, pró-criptomoeda”, Tyler Winklevoss elogiou Trump nas redes sociais por seu apoio aos negócios e às criptomoedas; sentimentos que se alinham de perto com os interesses e investimentos dos gêmeos. Apesar desse endosso, as doações em criptomoedas para a campanha têm ficado atrás das formas tradicionais de arrecadação de fundos.
Analisando a dinâmica das doações em blockchain, a Breadcrumbs, uma empresa de análise de blockchain, registrou aproximadamente US$ 59.000 em contribuições de 218 carteiras em várias blockchains – um contraste expressivo com os US$ 260 milhões arrecadados por meio de métodos convencionais.
Especialistas da Breadcrumbs, como o analista de dados James Delmore, citam a complexidade e as altas taxas de transação associadas às doações em blockchain como barreiras-chave que impedem contribuições maiores em criptomoedas. Isso sugere que, embora a campanha de Trump tenha despertado interesse entre entusiastas de criptomoedas, ainda enfrenta desafios para explorar totalmente o potencial do financiamento em moeda digital.
Outros fatos relevantes:
– Os gêmeos Winklevoss são conhecidos por seu envolvimento inicial com o Bitcoin e são os cofundadores da Gemini, uma exchange de criptomoedas.
– Nos Estados Unidos, a Comissão Eleitoral Federal (FEC) é responsável por estabelecer as regras sobre contribuições políticas, incluindo as feitas em criptomoedas.
– As campanhas políticas começaram a aceitar cada vez mais criptomoedas como forma de doação, refletindo a crescente aceitação mainstream de ativos digitais.
– As características de anonimato do Bitcoin podem gerar desafios regulatórios para os requisitos de transparência nas finanças de campanha.
– A aceitação de doações em Bitcoin pela campanha de Trump representa um dos diversos esforços das campanhas políticas para atrair doadores mais jovens e adeptos da tecnologia.