Entidades de criptomoedas da zona do euro estão em alerta, pois o regulamento dos Mercados em Criptoativos (MiCA) estabelece novas exigências de divulgação de sustentabilidade ambiental. No entanto, a falta de conhecimento desses prazos pode precipitar severas repercussões regulatórias.
Uma confusão prevalecente paira sobre vários provedores de serviços de criptomoedas em toda a União Europeia. Apesar das tentativas regulatórias de esclarecer, as empresas estão interpretando erroneamente os prazos cruciais para compartilhar seus dados de sustentabilidade. Tim Zölitz, diretor de risco do grupo consultivo Crypto Risk Metrics, destacou que uma grande seção de provedores de serviços de ativos cripto está operando erroneamente sob a impressão de que a transparência relacionada ao meio ambiente, social e governança (ESG) não é necessária até 1º de janeiro de 2025, quando, na verdade, as estipulações regulatórias exigem conformidade muito antes.
Na tentativa de esclarecer este assunto urgente, a Crypto Risk Metrics se uniu à Digital Token Identifier (DTI) Foundation, buscando enriquecer a transparência de dados ESG. Sua colaboração visa posicionar os provedores de serviços de criptomoedas no caminho certo para a conformidade regulatória, enfatizando a necessidade de abordar o impacto ambiental das práticas generalizadas de mineração de criptomoedas.
A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) reiterou a clara diferenciação nos prazos, destacando que todos os emissores de tokens de ativos referenciados, bem como tokens de dinheiro eletrônico, devem iniciar as divulgações ambientais até 30 de junho de 2024. Além disso, até o final do ano civil, todo provedor de serviços de criptomoedas deve cumprir as obrigações de divulgação ESG. Caso as entidades não cumpram as diretrizes necessárias, elas podem enfrentar severas sanções regulatórias, o que poderia afetar ainda mais sua reputação entre investidores institucionais ambientalmente conscientes.